Sabemos que mais de 750 milhões de pessoas usam ativamente Facebook e que no mínimo 200 milhões de tweets são enviados a cada dia. Mas o que exatamente motiva o frenesi de compartilhamento on-line?
Um novo estudo encomendado pelo The New York Times ajuda a responder a essa pergunta. O estudo, incluindo uma pesquisa online com 2.500 participantes, encontrou cinco motivações básicas que nos fazem compartilhar informações, e seis tipos de pessoas que fazem a partilha.
Brian Brett, diretor e gerente de pesquisa ao cliente do The New York Times, compartilhou os resultados do estudo em uma recente conferência de marketing.
As cinco principais motivações são:
1. Altruísmo: Nós queremos compartilhar conteúdo valioso e divertido para os outros. Pensamos sobre o que nossos amigos querem saber, e tentamos ajudá-los.
2.Auto-definição: Nós compartilhamos para que os outros nos conheça e nos defina. Talvez essa noção seja melhor formulada como, “você é o que você compartilha”. As pessoas conscientemente moldam o seu comportamento online com os tipos de coisas que elas compartilham.
3.Empatia: Nós compartilhamos para fortalecer e nutrir nossos relacionamentos. Partilhar algo mostra o que você está pensando e isso importa muito.
4.Conexão: Nós compartilhamos para obter crédito e feedback, queremos ser os melhores participantes, para se sentir valioso aos olhos dos outros.
5.Evangelismo: Nós compartilhamos para espalhar a palavra sobre uma causa ou marca que nós acreditamos.
O compartilhamento de conteúdo está sempre ligado aos relacionamentos. A partilha é dirigida por nossos desejos de formar e/ou manter relacionamentos com outras pessoas.
Os seis tipos de pessoas que compartilham:
1.Altruístas: Tendem a ser do sexo feminino, ajudam os outros a espalhar a palavra sobre boas causas. Motivados pelo altruísmo (claro), empatia, conectividade e evangelismo. Tendem a usar o e-mail e o Facebook.
2. Carreiristas: São profissionais com redes fortes, que gostam de compartilhar conteúdo sério, útil e construir uma reputação para o fazer. Motivados pela auto-definição e conectividade. Tendem a usar muito o e-mail e o LinkedIn.
3. Hipsters: Tendem a ser jovens e do sexo masculino. Eles gostam de iniciar conversas e mostrar quem eles são através da partilha. Motivados pela auto-definição, empatia e conexão. Tendem a usar o Twitter e o Facebook.
4. Bumerangues: Sempre vão esperar uma reação. Eles gostam de começar debates que geram muitos comentários, positivos ou negativos. Motivados basicamente pela conexão. Tendem a partilhar em muitas plataformas, incluindo Facebook, Twitter, e-mail e blogs.
5. Conectores: São em sua maioria do sexo feminino, e compartilham para ficarem perto dos seus amigos. Eles gostam de conteúdo que possa levar a experiências offline. Motivados pela empatia e conexão, tendem a compartilhar via e-mail e Facebook.
6. Seletivas: São geralmente mais velhos e tradicionais. Compartilham informações limitadas de valor específico para pessoas específicas. Motivados pelo Altruísmo e união. Tendem a compartilhar via e-mail.
É impressionante o modo como sempre conhecemos alguém que se encaixa nestas classificações e como nos classificamos também. Estamos tão inseridos no meio virtual que nos deparamos com todos os tipos de compartilhadores de conteúdo diariamente.
Aqui estão cinco implicações para qualquer site de notícias na esperança de aumentar a atividade de partilha:
Pensar nas relações de seus usuários. Criar conteúdos que possam ajudar alguém a fortalecer um relacionamento pessoal ou profissional.
Mantê-lo simples. Muitos de seus leitores estão compartilhando para obter uma resposta ou para mostrar como eles são espertos. Essas pessoas não irão partilhar algo que não entendem, ou o que os seus amigos podem não entender.
Reconsiderar os botão do Facebook. Esta pesquisa pode sugerir que o botão “recomendar” é subconscientemente mais atraente do que o botão “curtir”, mesmo que eles façam a mesma coisa.Recomendar é uma atividade social visando seus amigos, enquanto o “curtir” expressa nossas preferências pessoais.
Compartilhar em redes de direita. Quando você compartilha seu próprio conteúdo, escolha redes que fazem sentido. Se a sua história apela para hipsters, use o Twitter. Para carreiristas não se esqueça de usar o LinkedIn. Para conectores de destino, use sua página do Facebook.
Lembre-se do e-mail. Ele ainda é o principal método de partilha, segundo a pesquisa. Apesar de muitas redes sociais florescerem, nenhuma superou a simplicidade e o alcance universal do e-mail. [viaPoynter]
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